A Cidade Mais Barata do Mundo para Viver: Entenda por que Damasco é a Mais Acessível

Apesar de ser a cidade mais acessível, a inflação em Damasco aumentou em 321% em termos anuais e na moeda local, refletindo os desafios econômicos enfrentados pela população.

Damasco, a capital da Síria, foi coroada como a cidade mais barata do mundo para se viver, de acordo com o Índice Anual de Custo de Vida (WCOL) da Economist Intelligence Unit. A cidade ficou em 173º lugar entre 173 cidades avaliadas globalmente. Apesar de ser a cidade mais acessível, a inflação em Damasco aumentou em 321% em termos anuais e na moeda local, refletindo os desafios econômicos enfrentados pela população.

O relatório da Economist destacou que, entre as dez cidades mais baratas do mundo, apenas uma se encontra na América Latina: Buenos Aires, na Argentina, que ocupa o 163º lugar. Outras cidades de destaque incluem Teerã, no Irã, e Trípoli, na Líbia, que embora tenham taxas de inflação significativas, permanecem acessíveis para a população local.

Por Que Damasco é a Cidade Mais Barata do Mundo?

Damasco A Cidade Mais Barata do Mundo para Viver em 2023: Entenda por que Damasco é a Mais Acessível / Foto: Britannica

Damasco ocupa a posição de cidade mais barata do mundo para se viver devido a vários fatores socioeconômicos. A guerra civil contínua e as sanções internacionais impostas à Síria resultaram em uma economia fragilizada. A inflação alta e o aumento exponencial dos preços de bens essenciais não foram suficientes para elevar a capital síria no ranking do custo de vida global.

Quais Outras Cidades se Destacam pela Acessibilidade?

Além de Damasco, outras cidades figuram entre as mais baratas do mundo. Vamos ver algumas delas:

  • Teerã, Irã: Apesar de uma inflação de 49%, ocupa o 172º lugar.
  • Trípoli, Líbia: O 171º lugar com um aumento de preços de 5% no último ano.
  • Karachi, Paquistão: Representa a quarta posição pela acessibilidade.
  • Tashkent, Uzbequistão: Também figura no ranking.

Por Que as Cidades Latinas São Mais Caras?

Em contraste com as cidades mais baratas, algumas cidades latino-americanas, como Buenos Aires, conseguiram manter um ranking mais baixo em termos de custo de vida. Entretanto, a valorização das moedas locais e o investimento estrangeiro elevaram os custos de vida em outras regiões latinas como Santiago de Querétaro e Aguascalientes, no México, e San José, na Costa Rica. Estas cidades registraram um aumento considerável nos preços.

Quais São as Cidades Mais Caras Para se Viver?

Por outro lado, o ranking das cidades mais caras para se viver também foi divulgado:

  1. Hong Kong: No topo da lista.
  2. Cingapura: Em segundo lugar.
  3. Zurique, Suíça: Terceira posição.
  4. Genebra, Suíça: Quarta colocação, sede da OMC.
  5. Basiléia, Suíça: Em quinto lugar.
  6. Nova York, EUA: Sexta posição.
  7. Berna, Suíça: Sétimo lugar.
  8. Tel Aviv, Israel: Oitavo lugar.
  9. Copenhagem, Dinamarca: Nona posição.
  10. Nassau, Bahamas: Fecha a lista em décimo lugar.

O estudo da Economist mostra que houve uma média de aumento de preços de 7,4% em um ano nas 173 cidades pesquisadas, uma queda em relação à inflação recorde de 8,1% registrada em 2022. A crise do custo de vida ainda persiste, e os preços continuam acima das tendências históricas.

Quais as Perspectivas para 2024?

Upasana Dutt, responsável pelo estudo, afirma que espera uma desaceleração na inflação em 2024, graças às elevadas taxas de juros estabelecidas por diversos bancos centrais para controlar os aumentos de preços. A pesquisa, realizada entre 14 de agosto e 11 de setembro de 2023, comparou mais de 400 preços individuais em 173 cidades ao redor do mundo.

Conclusão

Em resumo, Damasco, apesar dos desafios econômicos, se destaca como a cidade mais barata do mundo para se viver no passado, seguida por outras cidades que enfrentam suas próprias dificuldades econômicas. Ao mesmo tempo, cidades como Hong Kong e Cingapura lideram a lista das mais caras. A dinâmica global dos custos de vida reflete tanto a instabilidade quanto as oportunidades econômicas em diferentes regiões.