Autoestima vs Emoções: Chave para o Bem-Estar dos Adolescentes

Entendendo a Importância da Autoestima e Regulação Emocional no Bem-Estar de Adolescentes


Entendendo a Importância da Autoestima e Regulação Emocional no Bem-Estar de Adolescentes

No mundo contemporâneo, questões relacionadas à saúde mental de adolescentes têm ganhado destaque nas discussões acadêmicas e sociais. Um estudo realizado pela Escola de Psicologia da Universidade do Minho, em Braga, Portugal, abordou profundamente a influência da autoestima e regulação emocional no bem-estar psicológico e subjetivo dessa faixa etária.

O aumento de diagnósticos de transtornos mentais entre jovens trouxe à tona a necessidade de entender melhor como fatores internos, como a autoestima e a capacidade de gerenciar emoções, podem afetar a qualidade de vida desses indivíduos. Estes fatores são especialmente cruciais durante a adolescência, um período marcado por intensas mudanças físicas, emocionais e sociais.

Qual a relação entre autoestima e bem-estar em adolescentes?

Imagem: freepik

De acordo com os resultados obtidos pelos pesquisadores Teresa Freire e Dionísia Tavares, a autoestima apresenta uma forte correlação positiva com a satisfação pessoal na vida. Adolescentes que avaliam positivamente a si mesmos tendem a reportar níveis mais altos de satisfação e felicidade. Este aspecto destaca a importância de programas de apoio que fomentem a valorização pessoal entre os jovens.

Como a regulação emocional afeta o bem-estar dos adolescentes?

A capacidade de regulação emocional, que inclui estratégias como a reavaliação cognitiva e supressão emocional, também desempenha um papel significativo. A pesquisa indica que a reavaliação cognitiva, uma estratégia que envolve alterar a interpretação de uma situação para modificar seu impacto emocional, está associada a níveis aumentados de bem-estar psicológico. Por outro lado, a supressão emocional mostrou uma correlação negativa, indicando que tentar reprimir expressões emocionais pode ser prejudicial para a saúde mental.

Impacto das estratégias de regulação emocional e autoestima no bem-estar

Além, o estudo evidencia que a autoestima possui um maior poder preditivo para a satisfação com a vida em comparação com as estratégias de regulação emocional. Esta descoberta sublinha a necessidade de abordar a valorização pessoal nas intervenções psicológicas dirigidas a adolescentes. Promover uma autoimagem positiva pode ser mais eficaz para melhorar o bem-estar do que apenas ensinar estratégias de gestão emocional.

Entender essas dinâmicas é essencial para o desenvolvimento de práticas clínicas e educacionais focadas não apenas em tratar patologias, mas também em promover a saúde mental e o bem-estar. Com essas informações, profissionais da saúde e educadores podem trabalhar de forma mais assertiva na prevenção de problemas psicológicos e no desenvolvimento de uma juventude mais resiliente e satisfeita.

Investigações futuras devem continuar explorando essas variáveis, ampliando os conhecimentos sobre a relação entre autoestima, regulação emocional e bem-estar, visando às melhores práticas de intervenção no contexto escolar e clínico, essenciais para garantir um desenvolvimento saudável dos adolescentes.

Este estudo não apenas contribui para o campo acadêmico, mas também serve como uma ferramenta crucial para pais, educadores e profissionais de saúde que buscam promover ambientes de suporte que reconhecem e fortalecem a saúde mental dos jovens.