Cidade na China tem maiores emissões de gases nocivos ao clima no mundo; regiões dos EUA também lideram

Uma nova iniciativa internacional chamada Climate TRACE visa rastrear as emissões de gases com efeito de estufa a nível mundial utilizando IA e dados de satélite. O relatório detalha como a tecnologia funciona e o seu impacto potencial na ação climática.

O recente relatório da Climate TRACE, organização cofundada pelo ex-presidente dos EUA Al Gore, destacou as cidades globais com as maiores emissões de gases de efeito estufa (GEE). Xangai lidera essa lista com 275,28 milhões de toneladas por ano, seguida por Tóquio, Nova York, Houston e Seul. Essas cidades são componentes cruciais na luta contra o aquecimento global, apesar da falta de informações detalhadas sobre suas emissões até então.

O sistema de análise da Climate TRACE agora cobre mais de 9.000 grandes áreas urbanas, fornecendo dados essenciais que auxiliam no planejamento de ações eficazes contra as mudanças climáticas. As cidades, responsáveis por 17 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, representam mais de 25% das emissões globais, destaca o estudo.

Como a Inteligência Artificial Está Transformando o Monitoramento de Emissões?

Mão robótica e computador – Créditos depositphotos.com VitalikRadko

O uso de inteligência artificial e dados de satélite no relatório da Climate TRACE trouxe uma nova dimensão ao monitoramento ambiental. A aplicação dessas tecnologias permite uma análise mais precisa no nível subnacional, promovendo ações de governantes locais diante da ineficiência observada em acordos climáticos internacionais.

Embora as emissões globais gerais tenham aumentado, uma análise detalhada revelou que várias regiões conseguiram reduzir suas emissões entre 2021 e 2024. Essa tendência positiva ressalta a importância de abordagens tecnológicas inovadoras na mitigação dos efeitos climáticos.

Quais São as Principais Barreiras e Oportunidades para Reduzir Emissões?

Xangai – Créditos depositphotos.com sepavone

Apesar dos avanços tecnológicos, há importantes desafios financeiros que limitam a redução das emissões, especialmente nos países em desenvolvimento, onde as oportunidades de alto impacto para mitigação são mais abundantes. No entanto, esses países continuam a receber um financiamento climático global inadequado, dificultando avanços substanciais.

  • A incapacidade em reduzir o uso de combustíveis fósseis representa um desafio significativo.
  • Países e empresas continuam a promover atividades que agravam a crise climática.
  • O financiamento necessário para atingir emissões líquidas zero ainda apresenta um déficit significativo.

As Perspectivas Futuras para as Políticas Climáticas Globais

A eficácia das conferências climáticas futuras depende muito da concordância de novas metas financeiras. Essas metas precisam direcionar grandes somas de investimento dos países desenvolvidos, credores e setor privado para as nações em desenvolvimento, exigindo cerca de US$ 1 trilhão por ano.

Um estudo paralelo do Climate Policy Initiative em colaboração com o escritório de advocacia global A&O Shearman revelou uma lacuna anual de US$ 6 trilhões nos investimentos climáticos necessários para alcançar as metas de emissões líquidas zero definidas no Acordo de Paris.

Em conclusão, a divulgação do relatório da Climate TRACE reflete a urgência e a necessidade de esforços coordenados e financiamentos robustos para mitigar o impacto das mudanças climáticas. O papel da inteligência artificial e a colaboração internacional se mostram mais essenciais do que nunca para direcionar mudanças significativas nesse cenário crítico.