Em 2019, Todd Phillips lançou “Coringa”, um drama estrelado por Joaquin Phoenix que balançou o público com a história sombria de Arthur Fleck. Muitos se perguntavam quando o Coringa assumiria realmente seu papel como o maior inimigo do Batman? Afinal, o filme focava mais na difícil infância de Fleck e em sua adoção de uma nova identidade.
Com o lançamento da sequência “Coringa: Delírio a Dois”, Phillips continua a explorar a complexa psique de Fleck. Desta vez, no entanto, o filme se aprofunda ainda mais em sua loucura, dividindo a narrativa entre o famoso Asilo Arkham e o Tribunal Central de Gotham. Vamos entender um pouco mais sobre essa controversa continuação.
Coringa: Delírio a Dois – Um Novo Olhar sobre Arthur Fleck
Enquanto muitos esperavam ver Fleck envolvido em assaltos complexos e confrontos com Batman, Phillips tomou um caminho diferente. A sequência mostra Fleck em uma espiral ainda mais profunda de loucura, enquanto está preso em Arkham. Aqui, ele é ridicularizado por guardas e entrevistado pela imprensa, dividindo seu tempo com sessões de musicoterapia onde conhece Lee Quinzel.
Os fãs dos quadrinhos apreciarão o detalhe de que Harvey Dent, que mais tarde se tornará o Duas-Caras, faz uma aparição. Ele entra em debate com a advogada de Fleck sobre a sanidade do personagem, adicionando à atmosfera jurídica do filme.
Por que o Filme Foca Tanto no Tribunal e em Arkham?
Uma grande parte do filme se passa no tribunal, onde a sanidade de Fleck é discutida incansavelmente. Essa abordagem pode ser interessante para quem gosta de dramas legais, mas é um desvio significativo para os fãs que esperavam mais ação e planos maquiavélicos do Coringa.
Em Arkham, a história explora seu relacionamento com Lee Quinzel, interpretada por Lady Gaga. Lee, uma musicoterapeuta, incentiva Fleck a abraçar sua identidade como Coringa, levando-nos a momentos musicais inesperados e altamente estilizados.
Os Números Musicais Ajudam ou Atrapalham?
Phillips traz uma nova camada ao filme com números musicais, onde Fleck e Lee cantam e dançam em cenários fantásticos. Se por um lado isso permite ouvirmos a voz poderosa de Lady Gaga em temas clássicos, por outro, desacelera a narrativa e afasta ainda mais a essência criminosa que muitos associam ao Coringa.
- O filme foca na desmistificação de Fleck.
- Muitas cenas giram em torno do tribunal e de Arkham.
- Os números musicais adicionam um toque diferente, mas podem não agradar a todos.
- Personagens conhecidos, como Harvey Dent e Lee Quinzel, enriquecem a trama.
O Filme Atende às Expectativas dos Fãs?
Dependendo do que você procura em um filme do Coringa, “Delírio a Dois” pode ser uma revelação ou uma decepção. Phillips continua a explorar o lado trágico e patético de Fleck, tentando talvez desfazer a visão de herói revolucionário que alguns tinham no primeiro filme.
A decisão de focar tanto na luta interna de Fleck pode parecer pretensiosa para alguns, mas é essa audácia que torna o filme uma obra única em sua abordagem. No entanto, para os fãs da ação e do crime organizado do Coringa dos quadrinhos, a ausência desses elementos pode ser frustrante.
Conclusão: Uma Análise Pessoal
Para mim, “Coringa: Delírio a Dois” é uma experiência cinematográfica interessante que desvia das expectativas tradicionais dos filmes de super-heróis. Por mais que falte ação, a profundidade psicológica de Fleck e sua relação com Lee Quinzel proporcionam um estudo fascinante de personagem.
Em última análise, se o filme será amado ou odiado dependerá de como você encara a proposta de Todd Phillips. Seja ousado ou irritantemente pretensioso, uma coisa é certa: este Coringa continua a desafiar as convenções e a provocar discussões.
- A história foca mais na prisão e julgamento de Fleck.
- Personagens icônicos dos quadrinhos fazem aparições interessantes.
- Os números musicais dividem opiniões.
- A falta de ação pode desagradar alguns fãs.
Em suma, Phillips tomou riscos criativos significativos com “Coringa: Delírio a Dois”. Se isso foi um sucesso ou não, cabe ao público decidir. Afinal, o Coringa sempre foi e sempre será um personagem polarizador.