
Muita gente acredita que autoestima é algo que se tem ou não se tem. Mas, a verdade é que ela pode — e deve — ser construída todos os dias, com atitudes simples e consistentes. A forma como você se vê influencia diretamente sua saúde mental, suas relações e até suas conquistas pessoais e profissionais.
Em 2025, com o aumento dos casos de ansiedade e comparações constantes nas redes sociais, trabalhar a autoestima se tornou uma necessidade, e não mais um luxo. A boa notícia é que existem caminhos claros para fortalecer seu amor-próprio e se sentir bem consigo mesmo(a), mesmo em meio às pressões do dia a dia.
O que é autoestima, afinal?
Autoestima é a percepção e a avaliação que você tem sobre si mesmo. Ela se constrói a partir de experiências de vida, aprendizados, crenças, relações familiares e sociais. Mas também é altamente influenciada pelos pensamentos que você alimenta diariamente.
Ter uma boa autoestima não significa se achar melhor do que os outros, mas sim ter consciência do seu valor, saber reconhecer seus pontos fortes e lidar com suas falhas com maturidade.
Comece mudando o diálogo interno
Tudo começa pela forma como você fala consigo mesmo. Frases como “eu sou um fracasso”, “nunca faço nada certo” ou “não sou bom o suficiente” são armadilhas mentais que afundam sua autoconfiança.
Substitua esses pensamentos por:
- “Estou aprendendo”
- “Já fiz coisas difíceis antes”
- “Posso melhorar com prática”
- “Tenho valor, mesmo quando erro”
Essa mudança no discurso interno transforma a maneira como você se enxerga e se trata.
Estabeleça metas realistas (e comemore cada conquista)

Autoestima também vem da percepção de que somos capazes. E nada melhor do que alcançar metas — mesmo pequenas — para reforçar isso.
Você pode começar por:
- Criar uma rotina de autocuidado
- Estabelecer um objetivo de leitura ou atividade física
- Organizar um espaço da sua casa
- Cumprir compromissos simples com você mesmo
E o mais importante: celebre cada pequeno avanço. Isso reforça sua competência e dá motivação para seguir.
Cuide do corpo sem obsessão
O corpo e a mente estão conectados. Dormir bem, se alimentar com mais atenção, manter alguma prática de movimento (como caminhada, dança, musculação ou alongamento) ajuda a melhorar o humor e a clareza mental.
Evite se comparar com corpos irreais das redes sociais. Construa um relacionamento gentil com o seu próprio corpo e foque na saúde, e não em um ideal estético inatingível.
Cerque-se de pessoas que elevam, não que diminuem

Relacionamentos tóxicos corroem a autoestima aos poucos. Se você está sempre ao lado de pessoas que criticam, invalidam seus sentimentos ou fazem piada às suas custas, é hora de repensar essas conexões.
Busque:
- Amizades que apoiam e inspiram
- Conversas que acrescentam
- Laços onde você possa ser você sem medo
Autoestima também floresce no ambiente certo.
Aprenda a dizer “não” e a se posicionar
Pessoas com baixa autoestima geralmente têm dificuldade de impor limites. Acabam dizendo “sim” para tudo e todos, mesmo quando estão cansadas, sobrecarregadas ou desconfortáveis.
Dizer “não” é um ato de respeito por si mesmo. Você não precisa agradar a todos. Aprender a se posicionar é essencial para construir um senso de valor pessoal sólido.
Procure ajuda profissional, se necessário
Às vezes, as feridas na autoestima vêm de traumas antigos, relações abusivas ou padrões familiares profundos. Nestes casos, um psicólogo pode ajudar a reconstruir essa base com apoio, escuta e ferramentas adequadas.
Terapia não é fraqueza — é força. E pode ser o divisor de águas que você precisava.
Lembre-se: autoestima é processo, não ponto de chegada
Você não vai acordar amanhã com a autoestima perfeita — e tudo bem. O mais importante é ter compromisso com sua evolução emocional. A cada passo, você se aproxima de uma versão mais leve, forte e verdadeira de si mesmo.
Referência
SCHNEIDER, Solange. Autoestima e saúde mental: estratégias para fortalecer o amor-próprio. São Paulo: Vozes, 2023.